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XLIII Reunión anual de la Sociedad Española de Epidemiología (SEE) y XX Congresso da Associação Portuguesa de Epidemiología (APE)
Las Palmas De Gran Canaria, 2 - 5 September 2025
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CR 36. Salud sexual y reproductiva
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942 - PERFIL INTERSECCIONAL DE HOMENS BRASILEIROS SEGUNDO A EXPERIÊNCIA DE PATERNIDADE ADOLESCENTE

N.P. Carvalho, C.S. Cabral, F.B. Pilecco

UFMG; USP.

Antecedentes/Objetivos: A parentalidade na adolescência é pouco explorada na perspectiva masculina, apesar da ênfase na gravidez nesta fase da vida como problema de saúde pública. Este estudo analisa, de forma interseccional, o perfil sociodemográfico de homens brasileiros de 20 a 49 anos, comparando as especificidades daqueles que tiveram filhos antes dos 20 anos com os que não tiveram.

Métodos: Estudo transversal, com homens de 20 a 49 anos (n = 22.718) que responderam à Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 do Brasil. A variável dependente foi ter tido filho antes dos 20 anos. As variáveis independentes foram: faixa etária, raça/cor, escolaridade e região de residência. Utilizamos regressão logística pelo modelo multinível de heterogeneidade individual e acurácia discriminatória com abordagem interseccional (I-MAIHDA) para modelar a associação entre paternidade na adolescência e marcadores sociodemográficos. Foram ajustados modelos multiníveis com efeitos aleatórios para estratos interseccionais, estimando a variância entre grupos (VPC) e a mudança proporcional na variância (PCV). Efeitos fixos foram incluídos para variáveis individuais, estimando odds ratios para cada fator analisado. As análises foram realizadas no software R.

Resultados: Observamos que 9,5% dos homens de 20 a 49 anos tiveram filho antes dos 20 anos. Apresentaram mais chances de terem vivido a paternidade adolescentes aqueles que se identificaram como pretos e pardos (OR 1,42 e 1,35, respectivamente), os menos escolarizados (OR 2,60, 4,70 e 5,64 para os com ensino médio, fundamental completo e incompleto, respectivamente, em comparação com ensino superior) e os residentes nas regiões Centro-Oeste (OR 1,24) e Norte (1,51), em comparação com a região Sudeste. No modelo ajustado, o VPC reduziu de 13% para 2%, indicando que os efeitos fixos explicaram grande parte da variância entre os estratos, assim como o PCV de 88,3%. Contudo, o valor restante (11,7%) reflete a importância dos efeitos de interação para compreender as desigualdades entre os estratos.

Conclusões/Recomendações: Há um padrão de desigualdade entre os homens que vivenciaram a paternidade na adolescência no Brasil, mais bem compreendido quando analisado por uma perspectiva interseccional. Embora os efeitos de interação não sejam predominantes, eles são essenciais para entender as desigualdades. Este estudo contribui para a formulação de políticas públicas mais inclusivas, que considerem as especificidades da reprodução masculina, frequentemente negligenciada, e busquem reduzir as desigualdades associadas à paternidade na adolescência.

Financiamento: O estudo contou com apoio financeiro do CNPq (Processo 442878/2019-2; Processo 431393/2018-4) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.

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