Antecedentes/Objetivos: A Língua Brasileira de Sinais (Libras), oficializada pela Lei nº 10.436/2002, representa identidade, cultura e autonomia para a comunidade surda no Brasil. A inserção de Libras promove respeito à diversidade e inclusão social, garantindo que surdos tenham as mesmas oportunidades que os ouvintes, impactando na promoção da sua saúde, no seu bem-estar e na sua felicidade. O estudo tem como objetivo relatar a importância de práticas inclusivas no meio acadêmico e social por meio da experiência de um professor surdo em um evento científico.

Métodos: Trata-se de um relato de experiência que descreve a vivência de um professor surdo no II Simpósio de Felicidade e Bem-Estar da Paraíba, realizado em 2024, na Faculdade de Medicina Nova Esperança. O evento reuniu acadêmicos, pesquisadores e profissionais interessados no tema, promovendo palestras, mesas redondas, oficinas, incluindo apresentações e traduções em Libras. A análise qualitativa das interações e desafios enfrentados permitiu refletir sobre a importância da inclusão da língua de sinais no meio acadêmico e social.

Resultados: A experiência no Simpósio demonstrou que a inclusão e a acessibilidade, ainda incipientes, são essenciais para a participação ativa de pessoas surdas em eventos acadêmicos. A interação entre surdos e ouvintes promoveu um ambiente de aprendizado colaborativo e empático, visto que proporcionou reflexões sobre a necessidade de valorizar a diversidade e aprender com as diferenças. Além dos workshops interativos e das traduções realizadas, a apresentação de um poema em Libras gerou um grande impacto emocional, ao ensinar aos ouvintes sinais relacionados a sentimentos, além de mostrar como a linguagem visual pode ser uma ferramenta poderosa na expressão das emoções. Dessa forma, a participação ativa do professor surdo contribuiu não só para a disseminação de conhecimentos e práticas sobre a Libras, mas também garantiu o protagonismo da comunidade surda dentro do meio acadêmico.

Conclusões/Recomendações: O Simpósio impactou positivamente tanto aos surdos quanto aos ouvintes, fortalecendo a necessidade de promover eventos acessíveis, que valorizem a diversidade e incentivem a convivência mais respeitosa e inclusiva entre todos os grupos sociais. A experiência reafirma que a felicidade se encontra nas diferenças e que a valorização da diversidade linguística é essencial para a promoção da saúde, do bem-estar e da felicidade coletiva.