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XLIII Reunión anual de la Sociedad Española de Epidemiología (SEE) y XX Congresso da Associação Portuguesa de Epidemiología (APE)
Las Palmas De Gran Canaria, 2 - 5 September 2025
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ME 22. Saúde materno-infantil: oportunidades para a ação
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1024 - VIGILÂNCIA DA INFEÇÃO POR VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO DURANTE A PRIMEIRA CAMPANHA DE IMUNIZAÇÃO

V. Gaio, C. Henriques, M. Lança, R. Guiomar, A.P. Rodrigues

Departamento de Epidemiologia, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge; Departamento de Doenças Infeciosas, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Antecedentes/Objetivos: O vírus sincicial respiratório (VSR) é um dos principais agentes etiológicos de infeções do trato respiratório inferior em crianças, especialmente em < 24 meses de idade. Em outubro de 2024 foi iniciada a imunização com Nirsevimab em Portugal para #2 3 meses de idade e crianças de risco acrescido de infeção grave por VSR. Este trabalho tem como objetivos: 1) caraterizar a epidemia de VSR em Portugal em 2024/25; 2) caraterizar as crianças internadas com infeção respiratória na época 2024/25, segundo toma de Nirsevimab, idade, prematuridade, baixo peso ao nascer e doenças crónicas.

Métodos: Portugal tem um sistema de vigilância sentinela hospitalar, que integra 15 hospitais que notificam os internamentos por infeção respiratória aguda de crianças < 24 meses. Para cada um dos doentes foi reportada informação clínica, epidemiológica, antecedentes vacinais e resultado de teste laboratorial para RSV.Foi estimada a incidência semanal de internamento por VSR, proporção de doentes internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) e caraterizados os doentes imunizados, positivos para VSR [VSR(+)] e negativos para VSR [VSR(-)], de acordo com as suas caraterísticas demográficas e clínicas.

Resultados: A taxa de incidência máxima ocorreu na semana 51/2024 (89,6/100.000), 21,0% eram #2 3 meses, 16,3% prematuras e 5,2% foram internadas em UCI ou necessitaram de ventilação mecânica. 211 crianças eram elegíveis para imunização [111 doentes VSR(+) e 110 doentes VSR(-)], das quais 124 (56,1%) foram imunizadas com Nirsevimab (39,6% dos doentes VSR(+) e 72,7% dos doentes VSR(-)). Não se observaram diferenças significativas entre imunizados e não imunizados em relação a doenças crónicas, prematuridade e baixo peso à nascença. Apenas a idade foi inferior nos doentes VSR(+) imunizados, relativamente aos doentes VSR(+) não imunizados (1,5 vs. 3 meses).

Conclusões/Recomendações: Em 2024/25 a incidência de internamento por VSR em < 24 meses foi inferior ao observado em épocas anteriores. Ainda assim, apenas 56,1% dos doentes elegíveis para vacinação tinham tomado Nirsevimab, não sendo evidentes diferenças entre doentes imunizados e não imunizados no que se refere a doenças crónicas, baixo peso à nascença e prematuridade. Estes resultados mostram a necessidade de estudar os fatores associados à toma de Nirsevimab de modo a aumentar a cobertura em futuras campanhas de imunização.

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