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XLIII Reunión anual de la Sociedad Española de Epidemiología (SEE) y XX Congresso da Associação Portuguesa de Epidemiología (APE)
Las Palmas De Gran Canaria, 2 - 5 September 2025
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ME 22. Saúde materno-infantil: oportunidades para a ação
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802 - EFETIVIDADE DA VACINA CONTRA A COVID-19 NA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA EM PORTUGAL

A. Machado, P. Soares

Departamento de Epidemiologia, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge; Departamento de Doenças Infecciosas, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Antecedentes/Objetivos: A vacinação é uma das principais intervenções em saúde pública, responsável pela redução da incidência de diversas doenças e da morbi-mortalidade associadas. Perante a pandemia por COVID-19, esta foi uma das estratégias implementadas na população pediátrica com idade entre 5 e 17 anos, potenciando o efeito direto da vacinação (reduzir doença) e permitir o normal desenrolar das atividades escolares, sociais e outras. Medir o efeito direto da vacina, através do cálculo da efetividade da vacina (EV), é fundamental na avaliação da estratégia em saúde pública. Este estudo pretende estimar a EV contra o internamento devido à COVID-19 na população pediátrica dos 5 aos 11 anos e dos 12 aos 17 anos com e sem infeção prévia por SARS-CoV-2 em Portugal.

Métodos: Utilizamos uma abordagem de coorte fixa, sendo que a constituição e seguimento de coorte foi realizado através da ligação direta de dados de registos de saúde eletrónicos constantes em 6 sistemas de informação. O estudo começou no início da campanha de vacinação para cada coorte (5-11 anos e 12-17 anos), sendo o tempo de seguimento de 12 meses. O outcome de interesse foi hospitalização codificada como COVID-19 como diagnóstico principal. As estimativas da EV foram obtidas utilizando o modelo de regressão de Cox. A EV foi estimada como 1- a razão de risco ajustada para confundimento (aHR) do internamento por COVID-19 entre vacinados e não vacinados.

Resultados: Na coorte dos 12 aos 17 anos, sem infeção prévia, a EV geral foi de 68% (IC95%: 31 a 75%). Observámos que a EV diminuiu com o tempo desde a vacinação, tendo sido obtidas estimativas mais elevadas nos primeiros três meses após a imunização (EV = 84%). Na coorte dos 12 aos 17 anos com infeção prévia, a EV de uma dose foi de 93% (IC95%: 54 a 99%). As estimativas de EV foram semelhantes para a coorte dos 5 aos 11 anos, mas com menor precisão.

Conclusões/Recomendações: Os resultados do estudo, indicam uma elevada EV na redução de doença grave na população pediátrica alvo da estratégia de vacinação. A opção de administrar apenas uma dose em indivíduos com uma dose, foi bem sucedida, atingindo-se elevada proteção com gestão na utilização das doses existentes. Estes resultados, a par de outros efeitos indiretos e o contexto epidemiológico dos países necessitam ser considerados na decisão de implementar programas de vacinação na população pediátrica. Estes resultados poderão também ser utilizados no desenho de estratégias de vacinação.

Financiación: VEBIS- ECDC (RS/2022/DTS/24104); FCT – CEECINST/00049/2021/CP2817/CT0001

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